Música, flores, caveiras e altares são todos símbolos de uma das celebrações mais importantes do México. Há quem pense que estes elementos não são muito convencionais para a ocasião, porém, a celebração do dia dos mortos comemora, acima de tudo, a vida.
Essa tradição está presente na sociedade mexicana há milhares de anos e começou com os povos astecas, toltecas e demais comunidades nativas.
Estes povos encaravam a morte como parte natural do ciclo da vida, e achavam o luto uma forma desrespeitosa de lembrar-se dos que partiram. Portanto, ao invés de enlutar-se, eles consideravam os mortos como parte da comunidade, que eram mantidos vivos nas lembranças de cada um.
Atualmente, as celebrações do Dia dos Mortos podem durar até sete dias, iniciando-se no final de outubro até os primeiros dias de novembro.
Durante este período, os cemitérios são enfeitados com altares que são recheados dos pratos prediletos e fotos daqueles que partiram. Flores como a calêndula e os cravos-de-defunto são utilizadas para decorar os túmulos e claro, as caveiras que estão por todo lado, são uma forma de recepcionar aqueles que vieram do outro plano.
As celebrações do Dia de los Muertos nos trazem uma nova perspectiva sobre a morte e sobre como devemos lembrar daqueles que se foram. O ato de preparar a refeição favorita do seu ente querido, de se fantasiar, de colorir cemitérios e ruas, de cantar e de dançar trazem um novo simbolismo para esta data, o de manter a memória dos que se foram vivas para sempre.